quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Pedido de ajuda de um pai desesperado

Bom dia a todos,
hoje a minha mensagem é dedicada a uma causa especial.
Recebi um email da minha professora de psicologia, que como eu, ficou sensibilizada. Desta forma vou colocar disponivel o mail que este pai escreveu como pedido de ajuda.

carta do pai desesperado:
"Bom Dia,
O meu nome é António Oliveira, tenho 49 anos (jovens), sou casado, a minha esposa chama-se Joana, tem 28 anos e temos dois filhos, o António que vai fazer em Dezembro 3 anos e o André que também faz em Dezembro 10 anos e que iniciou este ano o 1º Ciclo.
Tenho formação académica ao nível universitário, trabalho desde os treze anos de idade, (assisti ao dia da “revolução” o 25 de Abril), e nos últimos trinta anos desempenhei funções em cargos superiores de gestão em várias empresas da indústria alimentar em Portugal, a última das quais aqui em Torres Vedras, para além disso tenho também habilitações e prática na condução de veículos pesados de mercadorias em rotas internacionais.
A minha esposa tem o 12º Ano escolaridade e também vários cursos ligados também a áreas de gestão de recursos humanos, e nos últimos anos trabalhou em empresas da grande distribuição (hipermercados), onde desempenhou funções de gestão de recursos humanos.
três anos a gerência da empresa onde eu trabalhava (Indústria Alimentar) de repente e sem razão aparente decidiu encerrar esta unidade fabril tendo eu e todos os que lá trabalhavam ficado no desemprego.
Inscrevi-me no Centro de Emprego de Torres Vedras, e por iniciativa própria solicitei ser inserido em algum programa ocupacional, não só para me sentir bem comigo próprio por receber o subsidio de desemprego, mas também porque sou uma pessoa muito activa e assim ter alguma coisa de útil para fazer.
Inicialmente fui trabalhar para uma biblioteca, mas este trabalho era bastante monótomo embora eu tenha aproveitado para ler alguns livros interessantes, assim pedi para ser destacado para um outro programa ocupacional mais de acordo com as minhas capacidades tendo sido então colocado na Escola Secundária Madeira Torres como Responsável Administrativo do Centro de Novas Oportunidades.
Entretanto continuei sempre todos os dias a fazer uma procura activa de emprego tendo enviado centenas de curriculos em resposta a centenas de anúncios de jornais e da internet, mas sempre com resultados nulos.
A determinada altura decidi que teria que pensar numa nova área profissional porque apesar de toda a minha experiência profissional, apesar de toda a polivalência demonstrada ao longo de vários anos em gestão comercial, vendas, gestão de logística, gestão de recursos humanos, produção etc., não consegui arranjar trabalho nestas áreas. Assim, decidi ir tirar a carta de condução categoria C+E, que me habilita a conduzir Veiculos pesados de Mercadorias.
Entretanto como cheguei ao fim do periodo de receber subsidio de desemprego, fui "despedido" da Escola Secundária Madeira Torres.
Pontualmente consegui fazer alguns "biscates" neste trabalho de motorista de pesados mas apenas para cobrir férias de pessoas ou ausencias por doença, em algumas empresas daqui da região. Mas, ainda não consegui arranjar trabalho permanente nesta profissão como gostaria, quer em rotas nacionais ou internacionais.
Nos últimos dois meses andei a trabalhar na apanha de pêra e nas vindimas, aqui na região de Torres Vedras.
Agora estou de novo sem qualquer tipo de rendimento, e para complicar mais a situação, a minha esposa ficou também desempregada e numa situação que nem tem direito a receber qualquer tipo de apoio social.
Enquanto trabalhei, antes de ficar desempregado fui fazendo economias, pois nunca se sabe o dia de amanhã, mas nunca pensei que ficaria tanto tempo desempregado, mas as despesas correntes mensais são sempre as mesmas e não se compadecem se estamos desempregados ou não, as crianças estão sempre a crescer e necessitam de coisas quase mensalmente.
E as economias foram diminuindo pouco a pouco até não restar mais nada, e a situação chegou a um ponto que tive que recorrer até ao Banco Alimentar Contra a Fome para alimentar a minha família, mas até neste pedido de ajuda não tive muita sorte.
No dia 07 de Agosto de 2010 enviei por e-mail um pedido de ajuda urgente para o Banco Alimentar Contra a Fome de Caldas da Raínha e de Lisboa, no dia 08 de Agosto fui cantactado por Lisboa informando-me que ia ser contactado por uma Dra. Aida Franco da Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras, onde tive, juntamente com a minha esposa uma reunião com a tal Doutora, onde nos foram solicitados vários documentos que atestassem a situação de precariedade do meu agregado familiar, documentos que foram entregues à pessoa atrás mencionada no dia 14 de Agosto (2ª Feira, a Dra. Aida Franco só recebe à 2ª Feira das 14 às 17 horas), onde me foi transmitido que teria de esperar a aprovação para a ajuda alimentar e que se esta fosse deferida iria então receber mensalmente e enquanto tivesse necessidade uma ajuda alimentar em conformidade com o meu agregado familiar.
Estive dois meses à espera para receber a primeira ajuda alimentar (recebi uma carta da Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras com a data e hora para receber a primeira ajuda mensal, 12/10/2010 das 14:30 às 17:00 horas), e quando me entregaram a tão esperada ajuda de alimentos eu não queria acreditar.
E quem ler estas minhas palavras também não acreditaria, mas basta ver a fotos anexas para acreditarem, pois foi-me entregue um saco com o nº 93 que continha os seguintes produtos:
1 garrafa de guaraná antárctica de 1,5 Lt.
1 embalagem de creme de avelãs 440 grs.
1 torta de frutos silvestres de 300 grs.
1 pacote de bolachas c/recheio de chocolate de 180 grs.
2 latas de salsichas de 350 grs.
1 lata de salsichas de 250 grs.
2 latas de atum de 120 grs.
1 pacote de esparguete de 500 grs.

Como podem constatar, dificilmente alguém se conseguiria alimentar durante um mês com estes produtos e muito menos duas crianças.
Vejam, que os meus filhos nem sequer contaram para nada na "ajuda" prestada, pois não foi comtemplado nenhum produto básico essencial para a alimentação deles como leite, yogurtes, papas, cereais, etc.
Revoltado com a situação enviei por e-mail uma exposição de toda esta situação com as fotos a comprovar a veracidade do sucedido para o Banco Alimentar de Lisboa e de Caldas da Raínha, pois acredito que estes quando me encaminharam para a Santa Casa de Torres Vedras, também acreditaram na articulação com este organismo para me darem apoio, mas até agora não me deram resposta.
Continuo assim com o problema de não ter nem sequer meios para comprar os produtos mais básicos para alimentar os meus filhos, para já não falar que já estou a pagar a rende de casa em parcelas esperando que a compreenção do senhorio não se esgote e que a qualquer momento irei ficar sem luz e sem gás por falta de pagamento.
O meu filho mais velho que entrou este ano para o primeiro ciclo já não tem roupa  e calçado de inverno que lhe sirva, e também não sei como colmatar estas faltas.
Eu apenas quero poder trabalhar, ou será que eu como cidadão que sempre trabalhou, que sempre cumpriu com as suas obrigações não tenho direito a sustentar a minha familia.
Que País é este em que não se tem nenhum direito, que sociedade é esta em que não se tem direito a educar os filhos se não tivermos meios, que País é este em que as pessoas não têm direito a ganhar a seu sustento.
Não sei até quando irei aguentar esta situação de desespero, já esgotei todas as alternativas de onde pedir apoio, não sei mais o que fazer.
Começo a ter receio, medo até, dos pensamentos que me passam pela cabeça, só ainda não fiz uma asneira porque penso neles (meus filhos) e na minha esposa, mas até quando vou suportar esta situação de falta das coisas mais básicas para poder criar os meus filhos, para poder sustentar a minha casa, a minha família.
E o meu filho mais velho? O que pensará de tudo isto? O que pensará deste pai que nem comer consegue pôr na mesa? Já para não falar do resto.
A quem ler estas minhas palavras, faço um apelo de ajuda do que puderem para a minha familia.
Um trabalho é o principal, pois o que quero é trabalhar, mas também preciso de ajuda no que puderem ajudar-me.
Um Pai desesperado
António Oliveira"

Como vêem não é dificil ficar sensibilizado ao ler este email, por esta razão, peço a vossa colaboração no que vos for possível para ajudarmos este pai e esta família. Deixo ideias tais como: roupa, livros e brinquedos ou material escolar para estes meninos. Alguns produtos alimentares essenciais e baratos (ex: massas, arroz, papas ou cereais para os meninos, leite, açucar, sal, óleo, azeite, etc.....) Porque isto não está fácil para ninguém.......mas se todos disponibilizarmos alguma coisa podemos mudar a vida desta família na altura em que mais precisam.....
Também já enviei o email com o pedido de ajuda para o programa "você na tv" de Manuel Luís Goucha e Cristina Ferreira, ao qual aguardo resposta.
A todos os interessados em participar nesta causa, peço que respondam a esta mensagem.
Espero conseguir ajudar.
Obrigada a todos !!!

sábado, 20 de novembro de 2010

olá

Olá a todos,
mais uma vez tenho estado ausente, sendo razão desta ausência a tão temida época de exames que como podem imaginar obriga-nos a ficar fechados para o mundo exterior.....tipo sem vida.
No geral os exames correram bem, só falta saber a nota do cadeirão: FARMACOLOGIA.
Esta espera pelas notas dá crises de ansiedade, sentimos um vazio enorme, sabemos que sabemos mas por vezes temos medo, que isso não chegue se deslizarmos no dia dos exames, ou seja, por vezes os nervos não ajudam a raciocinar e esquecemo-nos de escrever coisas importantes......mas é assim, ninguém disse que era fácil. 
Eu adoro farmacologia, e até já sei qualquer coisa, mas o problema é o tempo, esta gente é toda louca.
Em 8 semanas temos de conhecer pela primeira vez a matéria, que são mais ou menos 18 grupos de fármacos. 
De seguida entender o mecanismo de acção dos vários tipos de fármacos dentro de cada grupo, tendo cada fármaco mecanismos diferentes. 
Depois saber tudo relacionado com esse fármaco, ou seja, indicação terapêutica, efeitos laterais, contra-indicação, cuidados especiais, toxicidade, tipos de administração, tipo de absorção, biotransformação, eliminação do fármaco, etc...... E por ultimo, interacções desse fármaco com outros. 
Como vêem é de loucos e a razão da minha ausência.
Mas uma vez acabados os exames, estou uma semana de férias, verdadeiramente desejadas.


Às outras disciplinas já soube que passei, ( Enfermagem no Idoso, Técnicas de intervenções de Enfermagem, Fisiopatologia e Microbiologia ), só falta mesmo sair a nota de farmacologia para saber se a seguir vou para estágio.....ESPERO QUE SIM.......mas agora só na segunda-feira saberei.
Beijos a todos e bom fim de semana...........